terça-feira, 22 de julho de 2008

Rocky - Um lutador 1976

Eu costumo brincar que o Rocky é um dos melhores filmes feitos sobre um perdedor! Silvester Stallone estava fadado ao fracasso em hollywood, havia feito apenas papéis secundários em filmes mais secundários ainda, e o seu famosso filme pornô. Era um "zé ninguém" em meio a tantos outros atores melhores que ele. Só que ao contrário do que a maioria pensa, ele é e sempre foi um cara muito inteligente. Escritor, resolveu escrever um roteiro que foi recusado em várias produtoras. Ele então conseguiu vender o roteiro e numa sacada que mudaria sua vida obrigou com os produtores para ser o protagonista, do contrário não vendereia o roteiro. Nascia ai um dos maiores filmes de todos os tempos! Jhon G. Avdilsen, que anos depois ficaria famsoso pela triologia Karate Kid, dirigiu. E não sei se por mérito dele ou do Stallone fizeram esse filme desta forma. Com um orçamento apertado mesmo para época, conseguiram contar uma história humana. É impossível assitir esse filme pela primeira vez e não ficar tocado. Por que ele não é um filme sobre boxe apenas, nem tão pouco um filme de grandes feitos, é um filme de pessoas normais. Aí acredito, está a fórmula desse filme, a identificação. Todos tem um pouco de Rocky, um lado fracassado, um lado que acreditem merecer uma chance. Rocky é um bocó, analfabeto, vive numa imunda e pobre Philadélfia, trabalha para um agiota e luta boxe em muquifos no resto do tempo. Mas é um sujeito de grande coração. O malandro do Stallone criou um personagem rude porém sensível, onde todo mundo poderia se identificar de alguma forma. Rocky Balboa tem seu amigo Paulie, um bêbado problemático que o ajuda a "ficar" com sua irmã, Adrian, que por sinal também é muito problemática. Aliás, todos os personagens desse filme parecem ter graves problemas, o que configura um carater as vezes muito caricato! Seja o exagerado convencimento do campeão Apollo, ou o Ranzinza Micky, velho frustado, dono do ginásio caindo aos pedaços onde treina Rocky. O Balboa conquista o coração da quase autista Adrian, e tem então um revés inesperado do destino. É convidado para uma luta de exibição contra o campeão mundial dos pesos pesados Apollo! Muito mais que pelo dinehiro, ele aceita, pois vê alí a chance de se fazer valer por algo útil em sua vida. Treina como louco, e tem-se um dos momentos mais dramáticos do cinema na luta final. Ele aguenta o massacre como um verdadeiro herói épico! Isso foi o suficiente para o filme ganhar o oscar de melhor filme de 1976 e tornar Silvester Stallone astro da noite para o dia. É um filme excelente, embora seja considerado uma das maiores injustiças por ter abocanhado o oscar que deveria ter ido para o Taxi Driver, do Martin Scorcese, que realmente é melhor, mas não tira o mérito dessa obra. Recomendo a todos.

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